A relação entre os alimentos que você ingere e sua saúde já é velha conhecida, o que algumas pessoas ainda não conhecem é a relação dos alimentos com a fertilidade feminina.
Muitos casais têm um relacionamento feliz, com amor, confiança e compreensão, mas acreditam que ele poderia ser ainda melhor com mais um integrante: um bebê. No entanto, nem sempre a gravidez ocorre facilmente e, às vezes, é necessário pensar em tratamentos específicos ou até mesmo rever os próprios hábitos. E sabia que a alimentação da futura mamãe pode ser um fator importante na hora de aumentar a família? Mulheres com desequilíbrios ovulatórios são as que mais se beneficiam com uma dieta pró-fertilidade. A principal conclusão de cientistas foi constatar que a insulina e a enzima globulina influenciam na ovulação feminina e a ação dessas duas substâncias é resultado direto dos alimentos que são consumidos.
Vale ressaltar que os problemas de fertilidade devem ser investigados por médicos especialistas. Confira a seguir os cuidados na alimentação que podem ajudar você ganhar a barriga que tanto deseja!!!
E sabia que quanto mais dentro do peso a pessoa estiver maior a chance dela ter filhos? A mulher com sobrepeso ou obesidade já tem uma taxa de hormônios masculinos maior porque o tecido adiposo produz mais andrógenos periféricos. Ela pode deixar de ovular só por causa da obesidade.
A melhor forma de baixar a carga glicêmica é combinando alimentos do grupo dos carboidratos com o das proteínas. Ou seja, em vez de comer o pão puro, você pode recheá-lo com peito de peru ou atum. E se acrescentar uma gordura boa, como a do azeite extra-virgem, você controla ainda melhor essa carga glicêmica.
Algumas fontes de alimentos de baixo índice glicêmico: arroz integral, aveia em flocos, mandioquinha, batata-doce, milho, inhame, quinoa, maçã, pera, ameixa, atum e grão-de-bico.
As proteínas, principalmente, as dos vegetais também podem te ajudar na hora de tentar engravidar. A maioria das dietas, principalmente, a brasileira, ultrapassa essa "cota saudável" de proteína animal. Consumir carnes três vezes por semana já é suficiente. Boas fontes de proteínas vegetais são: soja, feijão, grãos, cogumelos, grão-de-bico, quinoa.
O leite integral causa uma menor oscilação na insulina. O fato de o alimento ser integral faz com que ele seja absorvido de forma mais lenta pelo organismo, garantindo saciedade e menor oscilação da globulina, que ajuda no transporte dos hormônios ligados à fertilidade.
O sorvete se mostrou eficiente nos estímulo da ovulação, ou seja, um sorvetão com chantilly é um aliado às tentantes além de ser delicioso. Consumir 2 vezes por semana já bastam para obter os resultados pretendidos, porém cuidado com o ganho de peso que pode produzir um efeito contrário.
As gorduras poli-insaturadas, presentes nos óleos de soja e canola, deram indícios de que protegem o aparelho reprodutor feminino. Alimentos fontes de gordura insaturada, como o ômega 3, também são aconselhados. Ela está presente na linhaça, nas nozes, na chia e nos peixes de águas profundas e frias (salmão, bacalhau, atum, sardinha, truta).
Um nutriente que muitas mulheres não sabem da importância para a gerar um bebê é o licopeno, que está presente, principalmente, nos tomates. Ele é benéfico para os ovários, ajudando a regular a produção hormonal e deixando o ciclo ovulatório normal. Além do tomate, outras boas fontes do nutriente são: melancia, goiaba vermelha, mamão papaia, cenoura, abóbora, caqui e pitanga.
A vitamina A ajuda na produção de hormônios femininos. Já a vitamina D ajuda o corpo na ovulação, garantindo o equilíbrio hormonal. Fontes de vitamina A: fígado, ovos, agrião, couve, espinafre, cenoura, manga, mamão. Boas fontes de vitamina D: sardinha, atum, iogurte, ovos, fígado, manteiga. Mas a principal fonte do nutriente é a luz solar, bastam 15 minutos diários de exposição para conseguir sintetizar a vitamina.
Outra vitamina que não pode faltar no cardápio e que dá uma ajudinha extra para a "cegonha" é a vitamina C. Além de ser essencial para manter a imunidade em dia, diminuindo o risco de doenças, devido ao seu poder antioxidante, a vitamina C normaliza a ovulação (laranja, limão, abacaxi, mamão, goiaba, pimentão).
A vitamina E atua, principalmente, melhorando a qualidade do endométrio e do útero, aumentando a vascularização da região. Em estudos realizados com ratos, uma das maiores causas da infertilidade comprovadas é a falta de vitamina E, que protege o DNA (alface, agrião, espinafre e couve, óleos vegetais).
E aí entram vários nutrientes, entre eles, o zinco e o selênio que ajudam a regular a produção hormonal, deixando os hormônios nas quantidades ideais para a fertilidade. Alimentos fontes de zinco: ostras, nozes, castanhas, carne bovina, farelo de aveia. Fontes de selênio: gérmen de trigo, atum, salmão, alho, castanha-do-pará, ovos, arroz integral.
A água é essencial para que reações químicas aconteçam no seu organismo de forma adequada. A quantidade recomendada é de no mínimo dois litros por dia.
A deficiência do ferro pode prejudicar na fertilidade de quem anseia por um filho. Quando o ferro está em baixa no organismo da mulher, ela pode não ovular. Além disso, sua ausência pode causar anemia ferropriva, que diminui o oxigênio no organismo, deixando-o insuficiente para que o organismo complete suas funções vitais. Boas fontes: carne vermelha, fígado, aves e peixes, vegetais verde-escuros, leguminosas.
Atenção! Se você é vegetariana, procure um nutricionista para avaliar se há alguma deficiência de minerais ou vitaminas, a deficiência mais comum é a de Zinco.
Texto elaborado por AMANDA REIS - NUTRICIONISTA.