O Alzheimer é uma disfunção que afeta principalmente idosos,
causando perda gradativa da memória e alterações comportamentais importantes.
Os índices de casos da doença têm crescido no mundo todo, o que preocupa muito
os profissionais de saúde (hoje já existem mais de 15 milhões de casos em todo
o mundo).
As causas da doença ainda não
estão totalmente esclarecidas, mas já se sabe que ela pode ter relação com:
fatores genéticos, deficiências nutricionais, aumento de homocisteína sérica,
intoxicação por metais pesados ou alterações hormonais. Estudos recentes
mostram que a alimentação tem um papel importante, tanto no tratamento quanto
na prevenção do Alzheimer.
A alimentação pode ser um meio eficaz de modificar o risco da
doença. A prevenção nesse caso é essencial, já que o Alzheimer ainda não tem
cura. Os tratamentos atuais apenas conseguem amenizar os sintomas.
Os benefícios da alimentação estão mais relacionados ao papel dos
antioxidantes que evitam a deposição de radicais livres nos neurônios. Isso
provoca a morte dessas células, levando a doenças como o Alzheimer. No entanto,
o estresse também tem um papel no desenvolvimento dessa doença.
Alimentos como a linhaça e peixes são ricos em ácidos graxos ômega
3. Esse ácido graxo é um antiinflamatório que ajuda a preservar o sistema
nervoso, por isso, é importante tanto no tratamento como na prevenção da
doença.
Vitaminas do complexo B, especialmente a B1, B6, B9,
encontradas nos grãos integrais e nas folhas verde-escuras, além da B12
encontrada nos ovos e outros alimentos de origem animal possuem nutrientes
relacionados a efeitos benéficos no cérebro.
Muitos experimentos mostram que a
vitamina E em especial tem efeito antioxidante importante na diminuição dos
radicais livres no tratamento do paciente. Apesar da maioria dos experimentos
administrar esta vitamina em forma de suplemento, é importante saber que ela é
naturalmente encontrada no gérmen de trigo, em nozes e sementes como a de
girassol.
O Alzheimer causa produção
excessiva de radicais livres no sistema nervoso. Para tratar esse problema, é importante
que o paciente mantenha uma dieta rica em alimentos fontes de antioxidantes,
como as frutas, verduras e legumes frescos (de preferência, orgânicos).
O guaraná (Paullinia Cupana) ajuda na melhora da memorização do paciente com Mal de
Alzheimer (graças à melhora da ação da acetilcolina). Mas atenção: gestantes,
hipertensos e cardiopatas não podem consumi-lo, devido à alta concentração de
cafeína.
Estudos mostram que a Ginko Biloba (Ginkgoaceae) quando administrada
sob prescrição médica ou de nutricionista, pode atuar na melhora da memória
durante os primeiros estágios da doença.
Assim como uma dieta pobre em carnes vermelhas, leite
integral e seus derivados, e em produtos industrializados como sorvetes,
bolachas recheadas que são alimentos ricos em gorduras
saturadas e trans.
O jejum prolongado é outro fator de
risco para o desenvolvimento da doença, pois a glicose
é a única fonte de energia do cérebro. Por isso, jejuns por mais de 3 horas
podem gerar hipoglicemia, o que é extremamente prejudicial ao cérebro,
principalmente se este jejum for um hábito de muitos anos.
O Alzheimer é uma doença que
exige um acompanhamento multidisciplinar, e o nutricionista deve ficar atento
ao seu papel neste quadro. Uma alimentação adequada é importante para melhorar
a qualidade de vida do paciente, até mesmo potencializando o efeito da
medicação e das outras terapias a que ele aderir.
Texto elaborado por AMANDA REIS - NUTRICIONISTA.
0 comentários :
Postar um comentário