Amamentar é um ato natural e constitui a melhor forma de alimentar, proteger e amar o seu bebê. A UNICEF calcula que um milhão e meio de crianças morrem por ano por falta de aleitamento materno.
O leite materno contém todas as proteínas, açúcar, gordura, vitaminas e água que o seu bebê necessita para ser saudável. Além disso, contém determinados elementos que o leite em pó não consegue incorporar, tais como anticorpos e glóbulos brancos. É por isso que o leite materno protege o bebê de certas doenças e infecções.
Os nutrientes presentes no leite materno são indispensáveis para o bebê até o 6° mês e deve ser complementado até os 24 meses. Além disso, fortalece o vínculo entre mãe e filho e apresenta vantagens que incluem os benefícios nutricional, imunológico, psicológico, social, econômico e ambiental. Também, fornece menor ingestão de energia e/ou proteínas e pode contribuir para um menor risco de sobrepeso/obesidade na infância. A baixa densidade energética do leite materno, comparado às fórmulas lácteas, bem como o melhor autocontrole da ingestão alimentar em crianças amamentadas, são as explicações possíveis para o observado efeito protetor da amamentação contra o sobrepeso e obesidade infantil. O risco de sobrepeso é reduzido em 4% para cada mês de aleitamento materno.
A composição dos nutrientes do leite materno é qualitativa e quantitativamente diferente de qualquer fórmula infantil, pois contém substâncias bioativas que agem na diferenciação e proliferação dos adipócitos, podendo influenciar no crescimento e desenvolvimento dos tecidos, sendo também mais facilmente digerido.
As fórmulas lácteas são baseadas não somente no leite de vaca, mas também em germes de trigo e soja, que podem aumentar o risco do Diabetes Melitus. Muitas crianças apresentam problemas na introdução da fórmula láctea ou leite pasteurizado tipo C, como alergias, diarreia, erupção cutânea e vômito. Estes problemas podem refletir distúrbios imunológicos.
O aleitamento permite à criança controlar a quantidade de leite consumido, baseado no controle da saciedade interna. Crianças que mamam em mamadeiras podem ser estimuladas a terminar o conteúdo deste recipiente, mesmo quando já estão satisfeitas.
Em crianças alimentadas com mamadeira, a quantidade consumida é principalmente regulada via volume, o que pode resultar em superalimentação, ou seja, enquanto não consome todo o conteúdo, a mãe não se tranquiliza, por achar que a criança não estará bem alimentada. Assim, crianças amamentadas ao seio podem adquirir maior controle sobre seus hábitos alimentares do que as alimentadas com mamadeira. O ato de mamar ao peito melhora a formação da boca e o alinhamento dos dentes.
A alimentação infantil é um importante determinante da saúde na vida adulta. Bebês que são exclusivamente amamentados durante os primeiros dias de vida apresentam resultados favoráveis quanto ao metabolismo dos lipídios, os quais se relacionam com menor risco de doença cardiovascular.
O aleitamento materno também apresenta benefícios para a mãe, como por exemplo: efeito protetor sobre o ganho de peso materno a longo prazo. As mães que amamentam seus filhos por mais de 3 meses ganharam menos peso ao longo de 10 anos de seguimento do que as mulheres que não amamentaram ou amamentaram por tempo inferior a 3 meses.
Amamentar, também ajuda o útero a regressar ao seu tamanho normal mais rapidamente e a perda de sangue depois do parto acaba mais cedo. Protege da osteoporose e anemia, pois mulheres que amamentam demoram mais tempo para ter menstruações, por isso as suas reservas de ferro não diminuem com a hemorragia mensal.
A amamentação tem vantagens para a família, pois é mais econômica.
O aleitamento materno e a alimentação adequada no primeiro ano de vida são os principais fatores determinantes do crescimento e desenvolvimento adequados, então a prática desse ato, tem grandes vantagens não só para você mãe, mas também para seu filho.
Texto elaborado por AMANDA REIS - NUTRICIONISTA
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