Pacientes com hipotireoidismo podem se
beneficiar de uma dieta mais específica para a redução de sintomas comuns à
doença como inchaço, fadiga, enfraquecimento de unhas e cabelos, ao mesmo tempo
em que ajuda na redução ou manutenção do peso. Muitas vezes associa-se o
hipotireoidismo ao ganho de peso, mas na realidade a influência é baixa. A
pessoa engorda porque o corpo funciona mais lentamente e gasta menos energia.
O hipotireoidismo é uma
condição na qual o corpo não produz a quantidade suficiente de hormônios
tireoides, por isso, quem sofre de hipotireoidismo têm um metabolismo lento,
sendo a causa mais comum a tireoidite de Hashimoto ou tireoidite autoimune, que é uma inflamação da tireoide,
causada pelo sistema imunológico.
Os sintomas do hipotireoidismo são:
fraqueza, fadiga, aumento de peso ou da dificuldade de perder
peso, cabelo seco, perda de cabelo, cabelo e unhas quebradiças, pele pálida, seca e áspera, ciclos menstruais
anormais, intolerância ao frio, prisão
de ventre, colesterol elevado, câimbras
musculares frequentes, perda de memória, depressão, irritabilidade e diminuição da libido.
É
importante manter um estilo de vida saudável, onde exista uma dieta nutritiva e
atividade física regular; bem como técnicas para controlar o estresse e os medicamentos que o médico
tenha receitado para a doença. Mesmo que não exista nenhum
alimento ou plano de alimentação, que possam curar ou prevenir a doença, os efeitos do aumento do peso
podem ser amenizados uma vez que consuma alimentos com poucas calorias e ricos
em nutrientes com alto teor de vitaminas e minerais, para aumentar a resposta
do sistema imunológico e prevenir outras doenças.
As
vitaminas do complexo B ajudam a glândula tireoide na produção de energia, em
especial a vitamina B12, indicada
par anemia e baixa função da tireoide. Alguns exemplos de alimentos riquíssimos
em vitamina B12 são mariscos, vísceras, carne, ovos, leite, cereais
enriquecidos, algas e levedura de cerveja.
Ácidos
graxos ômega 3 são muito importantes para a função do cérebro e necessários
para mantermos a tireoide saudável.
Além disso, eles podem reduzir a inflamação que causa a
função tireóidea lenta. Os alimentos ricos em ômega-3 incluem em óleo de
linhaça, salmão e peixe azul, como o
atum, bacalhau e cavalinha, e em menor quantidade as nozes.
Entre os nutrientes, o selênio pode ser o mais importante
porque é antioxidante e é essencial para a conversão do hormônio da tireoide
T4, que o corpo produz, em sua forma ativa, T3. A castanha do Pará é uma rica
fonte do nutriente, que pode também ser encontrado em algumas carnes magras.
A ingestão de fibras também é muito importante para o
controle do peso e alívio de um dos sintomas do hipotireoidismo, a constipação.
Alimentos como alimentos, como feijão, arroz e outros grãos, trigo e aveia são
ricos em fibras. O consumo da aveia também contribui para o controle do
colesterol. Segundo a endocrinologista, existe uma relação direta entre TSH e
colesterol. Mesmo na faixa de normalidade do TSH, esta relação se mantém. Isto
é, quanto maior o nível de TSH mais elevado é o colesterol também. Isso ocorre
porque os hormônios tireoidianos são essenciais no metabolismo das gorduras e
do colesterol.
O ideal para a dieta de pacientes com baixa função da
tireoide é incluir pequenas refeições espalhadas ao longo do dia. Fazer seis
refeições ao dia (Café da manhã, lanche, almoço, lanche da tarde, jantar e
ceia) ajudará a equilibrar o metabolismo lento, que faz parte do hipotireoidismo.
O importante é que as refeições tenham em torno de 300 calorias cada, e para
perda de peso, é importante combiná-las com a prática de exercícios físicos.
O consumo excessivo de alguns vegetais que contém cianetos
(mandioca) ou substâncias que interferem na absorção de iodo também pode ser
nocivo. A ingestão de brócolis, repolho, couve-flor, mostarda, amendoim,
rabanete e couve de Bruxelas deve ser comedida. Só o consumo excessivo e
constante, ou seja, comer todo dia uma boa quantidade, é que tem efeito
bocígeno.
Quanto ao consumo da soja, que já foi apontada como vilã do
hipotireoidismo, a médica esclarece que isoflavonas podem interferir na
absorção do iodo, mas usar leite ou óleo de soja não vai causar dano à saúde.
Texto elaborado por AMANDA REIS – NUTRICIONISTA.
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